quarta-feira, 29 de abril de 2020

Reflexão no BBB 2020

Então... não é que (re)aprendi alguma coisa com o BBB! 

     Há algum tempo não assistia ao programa Big Brother. Nesse ano de 2020 pude acompanhar o último dia de confinamento do reality show. Pelo que entendi pessoas comuns fizeram inscrições pedindo para participar, enquanto a emissora que veicula o programa convidou outros participantes entre pessoas já conhecidas pelo público em virtude de seus trabalhos.
     A final foi protagonizada por três mulheres, de origens, formação e biotipos diferentes, que de certa forma representa boa parte da população feminina brasileira. Observei que todos estavam muito emocionados, inclusive o apresentador, que chorou durante a retrospectiva de melhores momentos do programa. Como não acompanhei o desenrolar do reality acredito que a emoção seja devido a uma disputa acirrada entre os competidores e também ao momento de isolamento social que estamos vivendo, com muita incerteza do que está por vir.
     Mas o que me chamou bastante a atenção foi a união das três finalistas, Manoela, Thelma e Rafaella. Mesmo estando em disputa por um valor significativo, demonstraram empatia e respeito mútuo. Quando foi anunciado o terceiro lugar o anúncio foi muito comemorado pelas três, assim como quando o apresentador logo após anunciou a grande campeã foi possível perceber o reconhecimento das outras duas e a alegria por estarem juntas numa disputa final. 
     Ressalto ainda que ganhou a participante desconhecida do público, mesmo disputando com quem já tinha seu lugar ao sol no mundo da mídia. Se fosse entre homens certamente o cenário seria diferente. Acostumados a ser muito competitivos a imagem nos momentos dos anúncios das colocações individuais provavelmente traria um descontentamento por quem ficou em terceiro lugar e uma indignação por quem perdeu por um triz.
     Parabenizo as participantes por mostrar a importância do ser antes do ter, de saber se colocar no lugar da outra, por saber que o mais importante é comemorar por estarmos aqui e poder participar da competição, mesmo que não ganhando todas as vezes precisemos acordar no dia seguinte e começar novamente a batalha pelos nossos sonhos.